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Estudo revela hábito de sono que pode aumentar risco de derrame

Pesquisa com 72 mil pessoas mostra que um hábito do sono é mais importante do que dormir de sete a nove horas por noite

Mídia Paraíba
Por: Mídia Paraíba Fonte: Bethânia Nunes
11/12/2024 às 15h24
Estudo revela hábito de sono que pode aumentar risco de derrame

Um estudo feito no Canadá mostra que não seguir um padrão de sono – com horários específicos para dormir e acordar – pode aumentar o risco de eventos cardiovasculares graves, como derrame e infarto.

Segundo o trabalho publicado no Journal of Epidemiology & Community Health, mesmo as pessoas que dormem de sete a nove horas por noite correm risco se não seguirem um padrão nos horários de se deitar e de despertar.

“Nosso estudo apoia a inclusão da regularidade do sono nas diretrizes de saúde pública e na prática clínica, pois se trata de um fator de risco para doenças cardiovasculares”, consideram os autores do estudo no artigo científico.

O trabalho foi liderado por pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil do Leste de Ontário e da Universidade de Ottawa, ambos no Canadá.

Padrão do sono e saúde cardíaca

A pesquisa foi feita com dados de 72.269 adultos do Reino Unido, com idades entre 40 e 79 anos, sem histórico de eventos cardiovasculares adversos graves. Durante sete dias, eles usaram um relógio inteligente que fazia o monitoramento do sono e das atividades realizadas para calcular o índice de regularidade do sono (IRS)

Com base nesse índice, os participantes foram classificados em três grupos: sono regular, moderadamente irregular e irregular. Nos oito anos seguintes, os pesquisadores acompanharam os registros de saúde dos voluntários, com foco nas ocorrências de problemas cardíacos — como derrame, ataque cardíaco e insuficiência cardíaca.

Os dados mostraram que o sono irregular foi fortemente associado a um risco maior de eventos cardiovasculares adversos graves. As pessoas com padrões irregulares de sono apresentaram um risco 26% maior de sofrer uma das condições em comparação às que mantinham horários consistentes. Para o grupo do sono moderadamente irregular, o risco foi 8% maior em relação ao grupo do sono regular.

De acordo com os pesquisadores, a duração adequada do sono não foi suficiente para compensar efeitos adversos entre os que dormem irregularmente.

 
 
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1. Crie uma rotina: procure deitar e levantar nos mesmos horários todos os dias, mesmo nos feriados e fins de semana
2. Durma um pouco mais cedo a cada dia: aproveite o período próximo ao fim das férias para dormir cerca de 30 minutos antes do horário que estava acostumado a ir para a cama a cada dia, até chegar no horário ideal

Alteração do relógio biológico

Os pesquisadores apontam que a inconstância no horário de dormir e acordar pode afetar o relógio biológico das pessoas, interferindo na produção de hormônios, na regulação da pressão arterial e na frequência cardíaca.

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