Sábado, 05 de Outubro de 2024
83 998222992
Anúncio
Geral BRASIL

Promotor é afastado de suas funções no Ministério Público, acusado de fazer sexo com 20 detentos

Os relacionamentos teriam, em pelo menos alguns casos, ocorrido durante inspeções em unidades carcerárias, em horário de expediente,

17/09/2024 15h21 Atualizada há 3 semanas
Por: Mídia Paraíba Fonte: Gazeta Rondônia/Ecosdonoyicia/MÍDIA PARAÍBA
Promotor nega envolvimento com facção mas admite que mantinha relações sexuais com presos monitorados por tornozeleira eletrônica-Foto: reprodução
Promotor nega envolvimento com facção mas admite que mantinha relações sexuais com presos monitorados por tornozeleira eletrônica-Foto: reprodução

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu em 20 de agosto deste ano afastar das funções o promotor de justiça Tales Fonseca Tranin do Ministério Público do Acre. O autor do pedido para o afastamento não foi revelado, mas o deferimento foi feito por Ângelo Fabiano Farias da Costa, corregedor nacional, e pelos demais corregedores em votação unânime.

O autor do pedido justifica o requerimento citando que pesa contra o promotor de justiça Tales Tranin, suspeitas de envolvimento sexual com mais de 20 apenados do sistema prisional. Os relacionamentos teriam, em pelo menos alguns casos, ocorrido durante inspeções em unidades carcerárias, em horário de expediente, inclusive com presos conhecidos por integrarem facção criminosa, e mediante pagamento. Por esses motivos, é solicitado o afastamento cautelar da função, avocação de sindicância, e a remoção do promotor da 4ª Promotoria Criminal de Execução Penal e Fiscalização de Presídio.

Segundo a defesa do promotor, esses encontros aconteciam exclusivamente em sua residência e mediante pagamento.

 
Diante do pedido, o Conselho Nacional do Ministério Público, por unanimidade, referendou os pedidos e determinou o afastamento cautelar de Tales das suas funções, a avocação de sindicância e a instauração de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e, também por unanimidade, instaurou procedimento de remoção por interesse público.

Enquanto titular da 4ª Promotoria Criminal de Execução Penal e Fiscalização de Presídio, função que ocupou desde 2019, Tranin foi um dos principais negociadores com os presos durante a rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, em julho do ano passado. Sua presença como negociador foi solicitada pelos próprios presos como uma das condições para que a rebelião acabasse. A rebelião terminou, mas não sem antes com cinco dos presos serem mortos, sendo três deles decapitados.
 
A reportagem procurou o Ministério Público do Acre para verificar se as medidas determinadas pelo CNMP foram efetuadas, mas por meio de assessoria, o MPAC negou as informações alegando sigilo no caso.

 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Ele1 - Criar site de notícias