Uma mulher identificada como Simare Rayane, de 27, anos foi presa em flagrante, nesta terça-feira (22), pela Polícia Civil após matar a própria filha, um bebê de dez meses, e esconder o corpo dentro de um freezer durante 30 dias. O caso aconteceu no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, na segunda-feira (21).
De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado como homicídio consumado pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) - Força Tarefa de Homicídios da Região Metropolitana Sul.
“A autora foi conduzida até a delegacia para realização dos procedimentos cabíveis, ficando à disposição da justiça após a audiência de custódia. As investigações seguirão até a elucidação dos fatos”, informou a polícia por meio de nota.
De acordo com a Polícia Militar, a avó do bebê compareceu ao Batalhão nesta quarta-feira (22) e revelou que a mulher teria confessado o crime. Além disso, parentes suspeitam que a mãe do bebê descongelava o corpo por arrependimento e chorava diariamente.
Também foi dito à PM que a autora do crime teria usado chumbinho para matar o bebê, mas ainda será feita uma perícia para confirmar.
Entenda o caso
O crime brutal aconteceu na Comunidade Dom Helder, em Candeias, em Jaboatão. A mãe suspeita de matar a criança com chumbinho trabalhava como frentista e morava com a bebê, chamada Sofia, de 10 meses, e com um menino de 7 anos, que não teve o nome divulgado.
Segundo relatos de parentes, Simare Rayane já tinha pedido apoio familiar há algum tempo e, posteriormente, foi descoberto que ela já planejava comprar chumbinho, um veneno para matar rato que tem venda proibida, para tomar e dar aos próprios filhos.
Ainda segundo relatos, Simare comprou o veneno e deu para a filha mais nova e, ao constatar a morte da bebê, se arrependeu. Com este sentimento, ela guardou o cadáver na geladeira da casa. O caso só foi descoberto por insistência de moradores da comunidade.
Mentiras
Ainda conforme as informações repassadas para a polícia, Simare foi questionada várias vezes sobre o paradeiro da bebê, já que não circulava mais com ela pelo bairro. A mulher alegava que Sofia estava sob os cuidados da bisavó e chegou a criar um perfil falso no Whatsapp para se passar pela parente. Assim, ela conseguia enganar os moradores alegando que a bebê estava bem de saúde.
No Dia das Mães, Simare foi a um restaurante e festejou a data sem a bebê, deixando os parentes preocupados. Eles foram até a casa da bisavó da criança, que disse que não via a criança há mais de 30 dias.
Na terça-feira (21), os parentes entraram na casa de Simare e se depararam com o corpo da bebê na geladeira. Pressionada, Simare Rayane confessou o crime aos parentes e foi levada para o 6 º batalhão da PM e depois para o DHPP.